quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vídeos sobre Surdez

O Som do Silêncio
Vídeo da ONG brasileira «Vez da Voz» conta a história de uma menina surda e de como uma criança com deficiência se relaciona com seus amigos não-deficientes na escola

Jornal da Tarde: apoio aos surdos (2007)
CDROM - Vem aprender com o Afonsinho (RTP internacional)
Reportagem no Viva a Ciência sobre o CD-ROM, «Vem Aprender com o Afonsinho - Formação do Condado»

Implante coclear
Programa TV - Jornal Visual
O Natal em Língua Gestual Portuguesa
Helder Duarte, Amílcar Furtado, Susana Amaral, Lurdes Gonçalves e Roberto Silva contam-nos o Natal de uma forma muito especial, em Língua Gestual Portuguesa
Alunos surdos-mudos
Marlee Matlin: Decent work for disabled persons
To mark the International Day for Disabled Persons, Oscar-winning actress Marlee Matlin joined the International Labour Organization to call for decent work for disabled persons. "Let's make decent work a reality for all," she signs

A surdez e o desafio da inclusão escolar
Documentário realizado no curso de Pós-graduação Tecnologias em Educação - Puc / Rio
Video aula sobre surdez parte 01
Orientações para profissionais que começam a ter contato com pessoas surdas, principalmente em sala de aula fornecidas pelo professor Grahamhill
Video aula sobre surdez parte 02
Pessoa surda a falar língua gestual brasileira (LIBRAS)
Children of a Lesser God
Extract from the 1986's film "Children of a Lesser God
sign language singers
Sign language singers the song is "Change a Heart, Change the World" by Jump5
world sign global communications
world SIGN LANGUAGE global communication augmentitive alternative communication art adham shaikh safire jones
Telelibras 14 - ONG Vez da Voz
O Telelibras é uma produção da ONG Vez da Voz e é voltado à comunidade surda e a todos que querem aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras
ABC SONG (LGP)
LGP – Dactilologia
Dactilologia da Língua Gestual Portuguesa
LGP – Família
Vocabulário do tema «família» em Língua Gestual Portuguesa
LGP - Expressões de cortesia
Expressões de Cortesia em Língua Gestual Portuguesa (LGP)
LGP – Refeições
Refeições em Língua Gestual Portuguesa
LGP – Cores
Os gestos de algumas cores em Língua Gestual Portuguesa
LGP - Estações do ano
As estações do ano em Língua Gestual Portguesa (LGP)
LGP - Meses do Ano
Meses do Ano em Língua Gestual Portuguesa

LGP - Dias da Semana
Dias da Semana em Língua Gestual Portuguesa
Docente do IPLeiria apresenta DVD Inclusivo
O nascimento de Cristo" é o primeiro filme em DVD totalmente inclusivo. Tem audio-descrição para cegos, língua gestual portuguesa e legendagem para surdos, e foi apresentado pela docente Josélia Neves na Conferência Internacional de Tradução Audiovisual "Media for All".

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Semana Cultural 24-11-2009





Carta de Fernando Capovilla

Exmo. Sr. Ministro da Educação - Fernando Haddad
a/c: Chefe de Gabinete - João Paulo Bachur
Esplanada dos Ministérios Bl. L - Ed. Sede - 8º andar sala 805
Brasília - DF, CEP: 70.047-900
Telefone(s): (61)2104-8520/8163

Senhor Ministro da Educação,





Nos últimos 15 anos, as Neurociências têm produzido notáveis progressos na descoberta de indicações e contra-indicações de diversos procedimentos educacionais para alunos com os mais variados quadros de deficiências e transtornos de linguagem oral, escrita e de sinais de etiologia neurossensorial (surdez congênita profunda), neurolinguística (dislexia do desenvolvimento, afasia) e neuromotora (paralisia cerebral). As pesquisas na área têm demonstrado fartamente que o sucesso de políticas públicas em Educação tem sido condicionado à atenta consideração desses progressos científicos sobre a eficácia diferencial de diferentes abordagens educacionais para diferentes quadros de deficiência e de distúrbios.




Na Universidade de São Paulo, durante os últimos 15 anos, com patrocínio do CNPq, da Capes, do Inep, da Fundação Vitae, e da Fapesp, temos conduzido um dos maiores, mais rigorosos e mais compreensivos estudos do mundo sobre desenvolvimento cognitivo e linguístico de crianças surdas e deficientes auditivas. Para ilustrar isso, num dos estudos, avaliamos 8.000 alunos surdos, oriundos de 15 estados de todas as regiões geográficas brasileiras, e provenientes de todos os níveis educacionais, desde a educação infantil até a conclusão do ensino superior. Essa, que é uma das maiores e mais compreensivas pesquisas científicas já conduzidas sobre educação de uma população escolar surda e deficiente auditiva, avaliou cada um dos 8.000 alunos em mais de 20 instrumentos validados e normatizados que mensuram competências como leitura e escrita
alfabéticas, compreensão de textos e de sinais, leitura orofacial e vocabulário em Português, e produção de textos, dentre outras. O nível de cada uma das competências foi avaliado como função da alocação escolar (escola especial versus escola comum), tendo como covariantes fatores como o nível escolar, a idade em que ocorreu a perda auditiva, e o grau dessa perda auditiva, dentre outros. Depois de examinar cada um dos 8.000 alunos durante 18 horas por aluno, a pesquisa revelou que, na educação infantil e nos primeiros 5 anos da educação fundamental, pelo menos, os alunos surdos se desenvolvem mais e melhor em escolas especiais para surdos (nas quais recebem instrução em Libras por professores sinalizadores fluentes e em meio a outros colegas surdos), ao passo que os alunos com deficiência auditiva se desenvolvem melhor em escolas comuns em regime de inclusão. A pesquisa concluiu que o melhor arranjo para crianças surdas consiste na articulação entre a educação principal em escolas para surdos durante o turno principal, e a educação complementar em escolas comuns em regime de inclusão em contra-turno complementar.

A escola especial constitui o foro especializado em desenvolver competências cognitivas e linguísticas no alunado surdo; ao passo que a escola comum em regime de inclusão constitui o campo de provas para retroalimentar a educação especial, garantindo que ela se esforce em instalar no alunado as competências requeridas para que a inclusão seja realmente bem sucedida na prática, e não apenas uma carta de boas intenções. A importância da educação ministrada em Libras por professores sinalizadores fluentes em meio a colegas também surdos é tão maior quanto mais jovem a criança, e quanto maiores o grau da perda auditiva e a precocidade dessa perda auditiva. Como sua língua materna é a Libras, e não o Português, a criança surda não deve ser confundida com a criança com deficiência auditiva. Para que a educação seja humana e eficaz, é preciso que o idioma e a cultura da criança sejam respeitadas, e que a educação seja ministrada em sua língua materna (Libras) juntamente com o Português escrito, em meio a uma comunidade linguística sinalizadora. Os resultados da referida pesquisa encontram-se publicados em dezenas de fontes, algumas das quais encontram-se em anexo.
É imprescindível que as políticas públicas em Educação sejam fundamentadas em dados de pesquisa científica rigorosa e compreensiva, em nível nacional. A relatora Clélia Brandão Alvarenga Craveiro, do Conselho Nacional da Educação emitiu parecer CNE 13-2009 estabelecendo que alunos com deficiências sejam obrigatoriamente matriculados em escolas comuns. Contudo, como esse parecer não teve oportunidade ainda de levar em consideração o estado da arte da pesquisa científica a respeito do desenvolvimento de alunos com deficiência, rogamos que o Ministério da Educação não homologue o referido parecer, até que tenha tido a chance de examinar a mais completa e recente evidência científica a respeito.
Crianças com surdez profunda congênita ou pré-lingual, bem como crianças com deficiências múltiplas e com severos distúrbios múltiplos não podem e não devem ser privadas da educação especial necessária à sua condição especial, sob pena de fracassarem completamente não apenas na educação como, também, na vida. As escolas especiais foram criadas e nutridas e cultivadas pela própria comunidade ao longo das décadas por iniciativa nobre e altruísta da própria comunidade desamparada ante a omissão do poder público de outrora. Se o Ministério da Educação de hoje viesse a homologar o parecer do Conselho Nacional da Educação antes de examinar a evidência ciéntífica acerca das consequências dessa medida precipitada, ele estaria não apenas substituindo o sábio e nobre conselho da Ciência pelo volúvel conselho da Ideologia como também, o que é pior, atirando no lixo o patrimônio precioso da educação especial e, junto com ele, as vidas de milhões de crianças com quadros severos e múltiplos que têm nela a sua única esperança. Falas como "toda criança é criança" e "toda criança é especial" roubam da criança especial o direito de ser vista como é: especial; e como todo aquele que já lidou com educação de crianças com surdez congênita profunda e com deficiências múltiplas e severas, a verdade é que algumas crianças são, mesmo, mais especiais do que as outras.
Confiante de que o Ministério da Educação, sensível à Educação e à Ciência, não se furtará de reexaminar os fatos antes de tomar uma decisão de implicações tão sérias como essa, ponho-me ao inteiro dispor do Ministério da Educação para fornecer detalhes ulteriores acerca dos achados mais relevantes, alguns dos quais encontram-se descritos nos arquivos anexos. Devido à frugalidade do espaço disponível, encontram-se anexados apenas alguns dos muitos relatórios dos achados.

Agradecendo sinceramente a atenção a esta solicitação, subscrevo-me,

Muito respeitosamente,
Fernando César Capovilla, PhD, Livre-Docente
Professor, Universidade de São Paulo
Coordenador Pandesb: Programa de Avaliação Nacional do Desenvolvimento Escolar do Surdo Brasileiro (Capes-Inep)

REIVINDICAÇÕES DA COMUNIDADE SURDA DO CEARÁ AO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - COEE

REIVINDICAÇÕES DA COMUNIDADE SURDA DO CEARÁ AO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - COEE

Esta proposta tem como objetivo apresentar as reivindicações da Comunidade do Surda do Ceará para serem apreciadas na Conferência Estadual de Educação - COEE, e posteriormente pela Conferência Nacional de Educação – CONAE, com o intuito de ser objeto de discussão e deliberação no Plano Nacional de Educação – PNE (2011-2020)

Representantes da Comunidade de Surdos, pais e educadores de Surdos do Ceará colocam suas sugestões de inserção NO EIXO VI DO DOCUMENTO-REFERÊNCIA PARA O PNE (2011 – 2020) O ITEM: “283 – QUANTO À EDUCAÇÃO DE SURDOS”, por considerarmos que a educação de Surdos não está devidamente contemplada no PNE (2001-2010) e, entendendo que esta se constitui como um item à parte da Educação Especial, pelo fato de se diferenciar dos demais deficientes, principalmente pela sua especificidade linguística, requeremos sua inclusão no EIXO VI como um item independente, a ser inserido após o item “282 – Quanto à Educação Indígena”.
 
Estas reivindicações foram inspiradas no documento elaborado pela Comunidade Surda de São Paulo e complementadas pela Comunidade Surda do Ceará.

283 – Quanto à Educação de Surdos

a) Garantir a existência de escolas de surdos que promovam a Educação Bilíngue, em todos os níveis da Educação Básica. Para tanto devem se constituir como ambiente lingüístico no qual a língua de comunicação e instrução seja a Língua Brasileira de Sinais, com o objetivo de promover sua aquisição como primeira língua do Surdo e a Língua Portuguesa como segunda língua.
b) Garantir a utilização da Língua Brasileira de Sinais, como língua de construção e transmissão de conhecimentos e não somente como mecanismo de tradução, sem a exclusão do ensino da língua portuguesa, possibilitando estratégias de manutenção, fortalecimento e ampliação do uso dessas línguas em uma perspectiva de educação bilíngüe.
c) Garantir às famílias e aos surdos o direito de optar pela modalidade de ensino mais adequado para o pleno desenvolvimento lingüístico, cognitivo, emocional, psíquico, social e cultural de crianças, jovens e adultos surdos, garantindo o acesso à educação bilíngüe – Libras e Língua Portuguesa.
d) Garantir a oferta de estimulação precoce à criança surda, do nascimento aos três anos, propiciando a imersão em língua de sinais como primeira língua para promover a aquisição de linguagem e de conhecimento de mundo desde o nascimento.
e) Assegurar a regularidade das escolas que ofertem educação para o surdo no sistema de ensino, garantindo seriação e que tenham projeto pedagógico estabelecido com base em um currículo bilíngüe.
f) Garantir o contato dos alunos surdos com professores surdos oportunizando sua identificação lingüística e cultural, o que colaborará para a construção de uma auto-imagem positiva de Surdo e de sua constituição como cidadão.
g) Garantir que os professores surdos e ouvintes, que atuem nas Escolas de Surdos tenham formação sobre a história, cultura, identidade e comunidades surdas do Brasil e do Mundo, bem como, fluência em Libras.
h) Consolidar o ensino de Libras nos cursos de formação de professores, ampliando os programas em uma perspectiva cultural relacionada às comunidades surdas, com destaque nas artes, literatura, gramática da língua de sinais, história dos movimentos surdos e nas escolas com alunos surdos incluídos.
i) A escola de surdos deverá garantir o ingresso de surdos com outras deficiências associadas, pautada na perspectiva da educação inclusiva e assegurando o direito a educação em língua de sinais como primeira língua.
j) Nos Municípios onde a população de surdos não comportar a existência de escolas de surdos, possibilitar a criação de escolas pólos nos centros regionais para que, em parceria com os municípios circunvizinhos, seja possibilitada educação bilíngüe de qualidade, tendo uma escola matriz que servirá como referência e apoio pedagógico aos pólos.
k) Os municípios devem oferecer transporte aos alunos surdos para que possam freqüentar as escolas de surdos (matriz ou pólo), pois alunos surdos necessitam conviver com outras crianças, jovens e adultos em sua primeira língua.
l) As escolas de surdos devem oferecer cursos de Libras aos pais e familiares, garantindo a comunicação familiar.
m) Garantir a implementação da Lei n. 10.436 de 24 de abril de 2002 e do Decreto n. 5626, de 22 de dezembro de 2005, no que concerne a oficialização da Língua Brasileira de Sinais – Libras – no território nacional. Incentivar e apoiar financeiramente a criação de cursos de graduação Letras-Libras (licenciatura e bacharelado) em IES públicas, de modo a garantir que os profissionais que atuarão como professores e tradutores-intérpretes dessa língua, tanto na educação básica como no ensino superior, possam aprofundar o conhecimento da língua de sinais. Consolidar o ensino de Libras nos cursos de formação de professores, ampliando os programas em uma perspectiva cultural relacionada às comunidades surdas, com destaque nas artes, literatura, história dos movimentos surdos, entre outros.
n) Incentivar e apoiar financeiramente a criação do curso de graduação Pedagogia Bilíngue em IES, de modo a garantir a formação de professores bilíngües, surdos e ouvintes, para atuarem na educação infantil e no ensino fundamental. O professor de surdos dever ter conhecimentos básicos e formação em educação de surdos e esta formação deverá ser contínua e atualizada.
o) Garantir que em concursos e outros processos seletivos para professores que atuarão com alunos surdos na educação básica e na educação de jovens e adultos surdos seja realizada avaliação de proficiência em Libras
p) Garantir que em concursos, vestibulares e outros processos seletivos, os surdos sejam avaliados em sua primeira língua – Libras, possibilitando uma verdadeira inclusão social, posto que desta forma os surdos poderão se inserir no mercado de trabalho, nos mais variados níveis de cargos e carreiras.
q) Oficializar a profissão de Tradutor/Intérprete de Libras para surdos e do Guia de Intérprete para surdocegos e garantir a presença desses profissionais não apenas em escolas, mas também nas repartições públicas e privadas.
r) Estimular e ampliar programas específicos para elaboração de materiais didáticos e paradidático em Libras, utilizando-se dos recurso de multimídias através do desenvolvimento de pesquisas nesta área em parceria entre secretarias estaduais e municipais de educação, outros órgãos governamentais e da sociedade civil que desempenhem atividades junto às comunidades surdas. Na atualidade, não há como pensar a educação de surdos sem pensar em tecnologias e mídias. Para o surdo isto é de extrema importância, pois sendo esta uma educação que necessita de uma metodologia viso-espacial, traz informações e possibilidades de registros do cotidiano, cultura e identidade surdas, podendo assim ser preservados e disseminados na comunidade escolar. Portanto, deve-se distribuir livros e materiais didáticos que estão sendo produzidos a partir de pesquisas sobre a cultura surda e, não somente os materiais adaptados.
s) Instituir e regulamentar nos sistemas estaduais de ensino a profissionalização e o reconhecimento público do magistério surdo, com carreira específica, com concursos de provas e títulos adequados às particularidades lingüísticas e culturais, para professores surdos.
t) Garantir que as Escolas de Surdos possam oferecer educação profissional, possibilitando assim a inclusão social, assegurando uma formação profissional e elevando o nível de formação escolar dos Surdos.
u) Oferecer nas escolas de surdos educação integral, posto que se faz necessário a permanência do estudante no contraturno para que este possa participar do Atendimento Educacional Especializado, assim como a prática de esporte e de atividades culturais.

Surdos defendem permanência de escolas especializadas bilíngues

Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado do Ceará - 10 de Dezembro de 2009

A comunidade surda defendeu a permanência das escolas bilíngues durante audiência pública que tratou da atual situação do Instituto Felipe Smaldone. A audiência, realizada na tarde desta quinta-feira (10/12), lotou cinco auditórios do Complexo de Comissões da Assembleia Legislativa. O debate foi promovido em conjunto com a Câmara Municipal de Fortaleza, por iniciativa dos deputados petistas Artur Bruno e Rachel Marques, e dos vereadores João Alfredo (PSOL) e Guilherme Sampaio (PT).

Durante a audiência, entrou em pauta a discussão das novas diretrizes do Ministério da Educação (MEC) para a educação de surdos, que recomenda a obrigatoriedade da matrícula dos alunos com deficiência auditiva no ensino regular. A comunidade surda, temendo a extinção das escolas especiais bilíngues, escreveu um manifesto em defesa da permanência do ensino especializado.

Para Rachel Marques, que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Deficiência da AL, "a proposta do MEC busca uma política de educação inclusiva, que visa que todas as escolas possam assegurar a educação". No entanto, a petista ressalta que as escolas especializadas para surdos não podem deixar de existir e os recursos para elas continuam garantidos. O presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Casa, deputado Artur Bruno, também destacou que "a educação especial é uma política fundamental na educação do País".

"Ao invés de ser um processo inclusivo, vai ser um processo que exclui", disse o vereador João Alfredo, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, sobre as novas diretrizes do MEC. Para ele, a resolução pode ser a "sentença de morte" das escolas especializadas. "Nós estamos diante de outra linguagem, que não permitiria o conhecimento dos alunos se eles fossem jogados em outras escolas", completou João Alfredo. Para Guilherme Sampaio, presidente da Comissão de Educação da Câmara, "não se pode desenvolver e impor uma metodologia educacional sem ouvir aqueles que sofrem a exclusão". Segundo ele, a preferência dos surdos é por uma escola bilíngue. A Miss Ceará 2008, Vanessa Vidal, destacou a importância que "cada um possa entender as barreiras e os preconceitos encontrados nas escolas formais". Também participaram da audiência a presidente da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos, Ângela Maria Sá Ferreira; a diretora do Instituto Cearense de Educação de Surdos, Juliana Brito Marques dos Santos; a presidente da Comissão de Educação Inclusiva da UFC, Vanda Magalhães Leitão; e a vice-presidente do Conselho Estadual do Fundebe, Keila Leita Chaves, dentre outros representantes da área da educação.

Autor: Coordenadoria de Comunicação Social